Foto: Divulgação/Governo do Paraguai.
Em uma postagem de vídeo nas redes sociais, foi revelado que a Operação Joapy, realizada na última quinta-feira, tem como objetivo desmantelar atividades criminosas que se originam nas prisões e se estendem às ruas, tudo em prol de um Paraguai mais seguro.
Foi informado a uma estação de rádio local que Brasília solicitou confidencialidade sobre a operação, exigindo que tanto a remoção dos prisioneiros das penitenciárias quanto sua entrada no Brasil ocorressem sem divulgação pública.
A operação foi documentada em vídeos para as redes sociais, com trilhas sonoras de ação. Os prisioneiros foram filmados com as mãos algemadas e os rostos cobertos por sacos pretos. A operação contou com a presença de agentes fortemente armados e o apoio de helicópteros. Os nomes dos prisioneiros transferidos para o Brasil também foram divulgados.
Os prisioneiros que foram transferidos para o Brasil estavam cumprindo penas que variavam de sete a 35 anos de prisão. Eles também foram proibidos de retornar ao Paraguai por pelo menos 20 anos.
Os prisioneiros incluíam indivíduos condenados por uma variedade de crimes, desde brasileiros que entraram no país com mais de 400 quilos de cocaína até aqueles acusados de violência sexual contra menores e homicídio de cônjuges no Brasil, seguido de fuga.
A presença de prisioneiros brasileiros em penitenciárias paraguaias, especialmente na região de fronteira, que é um ponto crítico de atividades criminais, é um problema persistente entre os dois países.
Este problema ganhou destaque em 2020, quando 75 prisioneiros, membros do PCC, escaparam de uma prisão em Pedro Juan Caballero. Pelo menos 40 deles eram brasileiros. Eles escaparam por um túnel que cavaram ao longo de três semanas.
Embora em menor número, fugas semelhantes continuaram a ser registradas nos anos seguintes, exacerbando a percepção de que as prisões paraguaias têm pouco controle estatal. Esta é uma realidade que o presidente Santiago Peña afirma querer mudar.
Funcionários do governo afirmam que o objetivo é “recuperar as penitenciárias, atualmente dominadas por organizações criminosas”, especialmente o Primeiro Comando da Capital.