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Um acidente fatal ocorreu no último domingo em São Paulo, envolvendo um Porsche 911 Carrera GTS 2024 e um Renault Sandero. O relatório policial revelou que o luxuoso Porsche não estava segurado.
O Porsche, avaliado em mais de R$ 1,2 milhão de acordo com a Tabela Fipe, era dirigido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos. O veículo, registrado em nome de uma empresa familiar, tinha todos os documentos em ordem, incluindo o IPVA. A ausência de seguro em um carro tão caro pode parecer surpreendente, mas é uma situação bastante comum, de acordo com um especialista consultado pelo UOL Carros.
Lilian Viana, diretora da oficina independente Frison, especializada em reparos de automóveis esportivos de luxo, explicou que menos de 10% de seus clientes possuem seguro. Segundo ela, a maioria dos proprietários de carros esportivos os usa raramente, preferindo veículos mais convencionais para o uso diário. Além disso, o seguro não cobre o uso do carro em autódromos, um local comum para esses veículos.
Em casos de acidentes envolvendo carros luxuosos, é mais comum haver perda total devido ao alto custo das peças de reposição e da mão de obra. Geralmente, as seguradoras declaram perda total e pagam o valor da Tabela Fipe ao proprietário quando o custo do reparo atinge 75% do valor de mercado do veículo.
Um exemplo disso ocorreu em fevereiro de 2019, quando o piloto Rubens Barrichello danificou a frente de um Lamborghini Gallardo LP-570-4 Super Trofeo Stradale 2013 durante um teste de pista para o canal “Acelerados”. O carro, que não tinha seguro, teve um orçamento de reparo de aproximadamente R$ 700 mil, pouco mais de 63% do seu preço de tabela.