Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula expressou apoio a Rui, enfatizando sua competência. Em um evento em Pernambuco, o presidente elogiou seu time de ministros, especialmente o chefe da Casa Civil, Rui Costa, comparando-o a um primeiro-ministro.
“Nosso time de ministros é altamente qualificado. O chefe da Casa Civil, por exemplo, pode ser considerado um primeiro-ministro. Rui Costa, que administrou a Bahia por oito anos e ocupou a posição de chefe da Casa Civil, é quem mais efetivamente responde aos governadores em Brasília.”
Palavras de Lula sobre Rui Costa
No sistema parlamentarista, o papel do primeiro-ministro é central na coordenação das ações governamentais. Já em uma república presidencialista, como o Brasil, o ministro-chefe da Casa Civil desempenha um papel crucial, atuando como intermediário entre o presidente e a administração federal, além de gerenciar as relações políticas e institucionais.
Recentemente, houve uma declaração de Lula a respeito de Rui Costa, marcando a primeira vez que ele se pronuncia publicamente sobre o assunto desde que as investigações vieram à tona. A Polícia Federal apontou suspeitas de envolvimento do ex-governador em um caso de irregularidades relacionado à aquisição de respiradores na Bahia, com um valor contratual de R$ 48 milhões, durante o período da pandemia, conforme reportagem do UOL.
Uma empresária mencionou Rui Costa em sua delação premiada. Cristiana Prestes Taddeo alegou que a Polícia Civil da Bahia teria protegido o então governador durante os depoimentos que prestou acerca das fraudes no contrato dos respiradores, que somavam R$ 48 milhões, em meio à crise sanitária.
Conforme um dos documentos da delação, aos quais o UOL teve acesso, Taddeo declarou que os delegados responsáveis pela investigação na Bahia se recusaram a registrar as menções ao nome de Costa nos depoimentos. A proprietária da Hempcare, empresa que recebeu o pagamento mas não entregou os equipamentos, relatou ter mencionado o nome do político “três ou quatro vezes”.
Cristina foi detida temporariamente pela Polícia Civil da Bahia em junho de 2020, sendo liberada cinco dias depois.