X/Luis Claudio Lula da Silva/Reprodução
Apesar das graves acusações de agressão feitas pela ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Natália Schincariol, contra seu filho mais novo, Luís Cláudio da Silva, o silêncio tem sido a resposta predominante das principais lideranças do PT. Até o momento desta quarta-feira, 3 de abril, os líderes do partido mais ativos nas redes sociais optaram por não comentar sobre as acusações feitas pela ex-companheira de Lula.
Na terça-feira, 2, Natália registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher em São Paulo, alegando abusos físicos, verbais e psicológicos por parte de seu ex-companheiro. Em resposta, o filho de Lula negou as acusações em nota divulgada por seus advogados, afirmando que irá processar Natália pelas acusações. Em uma entrevista à coluna Radar, da revista VEJA, a psiquiatra relatou casos de insultos, várias traições no relacionamento e também um incidente em que levou uma cotovelada na barriga do filho do presidente.
Desde então, não houve nenhum pronunciamento de Lula, de sua esposa Janja da Silva, de qualquer membro do governo ou parlamentar do PT, nem mesmo da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, sobre as alegações de agressão. Enquanto isso, a filiação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao PT, tem sido o tema mais discutido pelos aliados do presidente nas últimas 24 horas.
Enquanto isso, do lado da oposição bolsonarista, as acusações de violência doméstica têm sido usadas como munição para ataques repetidos contra Lula e o governo federal nas redes sociais. Parlamentares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o senador Flávio Bolsonaro, têm pressionado repetidamente por um pronunciamento dos governistas sobre as acusações contra Luís Cláudio. Além das provocativas dirigidas aos petistas, foi resgatada uma declaração de Lula em março de 2023, na qual ele afirmou que “o lugar de homem que bate em mulher é na cadeia” ao comentar o aumento dos casos de feminicídio no ano anterior. “Concordo”, ironizou o deputado federal Nikolas Ferreira ao compartilhar a declaração do presidente em seu perfil no antigo Twitter.