30/05/2022 REUTERS/Dado Ruvic
O dólar americano registrou um aumento de 4% em relação ao real brasileiro este ano, atingindo o nível mais alto desde outubro do ano anterior.
No mercado à vista, o dólar estava a caminho de fechar em alta. Após atingir uma baixa diária de R$ 5,02, a moeda começou a se valorizar, apesar dos esforços do Banco Central do Brasil para conter sua ascensão.
Nesta terça-feira, o Banco Central realizou um leilão extraordinário de swap cambial, vendendo 4 mil contratos para janeiro de 2025 (o equivalente a US$ 200 milhões) e 16 mil contratos para abril do próximo ano.
As taxas de câmbio acordadas foram de 6,433% e 6,513% para os contratos de janeiro de 2025 e de 6,369% e 6,367% para abril do mesmo ano.
Segundo o Banco Central, o objetivo da operação era “garantir o funcionamento regular do mercado de câmbio diante da demanda por instrumentos cambiais devido aos efeitos do resgate da NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, série A3) em 15 de abril de 2024”.
Esses títulos mencionados pelo banco são atualizados com base na variação do dólar. A proximidade do vencimento desses títulos pode causar uma demanda desproporcional por dólares no mercado, afetando a taxa de câmbio.
No entanto, a estratégia não parece ter sido suficiente para impedir a valorização do dólar em relação ao real, mesmo em um dia em que o dólar se enfraqueceu em comparação com as principais moedas globais. O índice DXY, que mede o dólar contra um conjunto de moedas de países desenvolvidos, estava em queda desde as 6h da manhã, horário de Brasília.
Em um resumo de 23 moedas emergentes, apenas oito se desvalorizaram em relação ao dólar na sessão de terça-feira, com o real incluído entre elas.
O Banco Central ainda não anunciou se realizará novos leilões extraordinários para “garantir o funcionamento regular do mercado de câmbio”.