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Segundo informações do Gazeta do Povo, o delegado federal Bruno Calandrini, que conduziu o inquérito resultando na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, foi indiciado pela Polícia Federal por atos de prevaricação, inserção de dados falsos e abuso de autoridade.
Durante as investigações que apontaram suposta corrupção na gestão de Ribeiro durante o governo Bolsonaro, alega-se que Calandrini cometeu ilegalidades.
Ribeiro e dois pastores foram presos em 22 de junho de 2022, acusados de operar um esquema de corrupção no Ministério da Educação, mas Ribeiro foi liberado no dia seguinte.
Antes da prisão de Ribeiro, Calandrini expressou preocupações sobre interferências nas investigações. Após a prisão, a PF iniciou uma apuração sobre a alegada interferência.
Calandrini solicitou a prisão de membros da cúpula da PF, alegando tratamento desigual no caso, levando a questão ao STF.
Em 30 de setembro de 2022, Calandrini foi removido do caso pela Corregedoria da PF por ter se tornado parte da investigação.
O inquérito da Corregedoria, iniciado em 7 de outubro de 2022 e concluído em 6 de março de 2024, determinou que não houve interferência como alegado por Calandrini, que foi acusado de crimes de prevaricação, inserção de dados falsos e abuso de autoridade.
Calandrini teria obtido depoimentos de funcionários públicos sem autorização, buscando envolvimento no esquema do ministro, mas esses depoimentos não foram incluídos nas investigações.
A Corregedoria da PF é responsável por investigar a participação de policiais federais em crimes, com a necessidade de notificar o Ministério Público e designar um membro para o caso.
Calandrini também é acusado de manter sua investigação em sigilo desnecessariamente.