Foto: Reprodução.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), reconheceu que a nomeação do deputado federal Chiquinho Brazão na Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac) foi um erro. O parlamentar é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Brazão assumiu a Seac em outubro do ano passado e foi exonerado em fevereiro. Na época da indicação, o irmão de Chiquinho, Domingos Brazão, já estava sendo investigado por participação no crime.
“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso. É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos [de investigação] e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro”, disse o prefeito durante à imprensa durante o evento de inauguração do BRT Transbrasil, neste sábado (30/3). As informações são do jornal O Globo.
“Já tinha pedido que ele fosse retirado da secretaria, quando começaram a surgir os boatos. E a gente entende que os quadros que tínhamos do Republicanos aqui não eram adequados. Queremos alianças, mas as alianças têm que ter um limite. E quando digo que errei, acho que fiz uma avaliação equivocada de que não tinha esse risco. A gente governa a cidade com os melhores quadros e meu governo vai continuar dando demonstração de que não tem conivência com nenhum tipo de irregularidade”, completou Paes.
A Polícia Federal prendeu Domingos e Chiquinho Brazão no último domingo (24/3) em operação que mirou os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, também foi preso.