Foto: Reprodução/Montagem sobre fotos da Camara dos Deputados, EBC, e Alerj.
A Polícia Federal (PF) levantou suspeita sobre uma denúncia anônima feita contra o ex-policial militar Ronnie Lessa. Ele está preso sob a acusação de ter matado a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Essas informações foram reportadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
A denúncia teria ocorrido em um momento em que o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, havia comunicado os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão de que havia perdido o controle da investigação do caso. Assim, o delegado não poderia mais ajudá-los.
Com base na colaboração premiada de Lessa, a PF afirma que a denúncia anônima, feita em 15 de outubro de 2018, pode ter sido “fabricada”. A intenção seria livrar os irmãos Brazão das acusações.
Segundo a Polícia Federal, Rivaldo Barbosa teria obstruído as investigações. Os irmãos Brazão foram presos sob suspeita de encomendar a morte da vereadora. Já Barbosa foi preso por ter auxiliado no planejamento do homicídio, segundo a PF. Ele também é investigado por obstruir as investigações.
Ginilton Lages, responsável pela primeira fase do inquérito, sempre apontou a denúncia anônima como um divisor de águas na investigação sobre os autores do crime. A PF, no entanto, acredita que isso foi utilizado para desviar a atenção dos investigadores.
A denúncia atribui ao ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano a ordem para o crime. Isso reforça a tese da PF de que a intenção sempre foi tirar os irmãos Brazão das denúncias.
Com informações da Revista Oeste.