Raul Ferreira Pelegrin, 41 anos, foi detido em flagrante após cortar a corda que sustentava um trabalhador que realizava a limpeza da fachada de um edifício em Curitiba.
De acordo com informações do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a vítima estava executando a limpeza no 6º andar do prédio, presa por uma corda amarrada ao telhado do edifício. Durante o procedimento, o suspeito, residente na cobertura do edifício, no 27º andar, cortou a corda utilizando uma faca.
Segundo o MP-PR, o trabalhador não caiu devido a um dispositivo de segurança que evitou a queda. O incidente ocorreu no bairro Água Verde.
O incidente ocorreu em 14 de março, mas só foi divulgado na segunda-feira (24) pelo MP, que acusou o indivíduo de tentativa de homicídio. A aceitação da denúncia pela Justiça ainda está pendente.
Após o corte, a polícia foi chamada ao local. Ao chegarem, os agentes tiveram que forçar a entrada em um dos quartos do apartamento, onde Pelegrin foi identificado pela vítima.
Na sacada do apartamento, conforme relato do MP, os policiais encontraram a faca utilizada no crime e um fragmento da corda cortada.
O MP afirmou que o motivo do crime ainda não foi determinado.
Durante o interrogatório policial, informou o Ministério Público, o agora denunciado ficou permaneceu em silêncio e “sustentou não saber os motivos de ter sido conduzido à delegacia”.
Na acusação contra o indivíduo, o Ministério Público incluiu duas agravantes: o emprego de artifício que dificultou a defesa da vítima e a utilização de meio sorrateiro, ou seja, o delito foi perpetrado sem o conhecimento da vítima.
O homem encontra-se detido preventivamente.
De acordo com o relato do Boletim de Ocorrência (B.O), os funcionários encarregados da limpeza foram ameaçados pelo suspeito antes que ele cortasse a corda.
“O mesmo havia dito que iria cortar todas as cordas de todos os funcionários, caso não se retirassem”, afirma o documento.
Uma testemunha afirmou à polícia que estava no telhado e viu Pelegrin afirmar que “estava de saco cheio”. Ainda segundo a testemunha, ele “deu” 10 minutos para os prestadores de serviço “sumirem” do local antes de cortar a corda.
Com informações de G1