Mesmo rejeitada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em anos anteriores, Marina Silva (Rede) negou que exista falta de diálogo com o partido e prometeu trabalhar pela vitória do pré-candidato Fernando Haddad em São Paulo. A Rede Sustentabilidade oficializou, neste sábado, 2, a pré-candidatura da ex-senadora a deputada federal por São Paulo durante um evento em hotel no Centro da capital paulista. O anúncio colocou fim aos rumores de que Marina seria vice na chapa petista ao governo do Estado.
A líder da Rede explicou a decisão de concorrer à Câmara dos Deputados: “Esta é uma discussão que a gente vinha fazendo na Rede desde a origem do debate de retornar ao Congresso em nome das pautas que estão postas no Congresso Nacional hoje. Obviamente que, ao fazer a reflexão e tomar essa decisão de voltar ao parlamento, não tem nada a ver com falta de diálogo. Eu e o Fernando [Haddad] temos conversado na direção de construirmos um campo político que dê vitória a ele nas eleições de 2022 e estamos trabalhando muito fortemente para que o PSB venha somar conosco”.
Marina Silva reconheceu que tem divergências com o plano do ex-presidente Lula (PT), mas, disse que trabalha alianças em São Paulo para que Haddad seja eleito. “Espero que todas as candidaturas do campo democrático estejam comprometidas com esta agenda. A Rede Sustentabilidade tomou a decisão de liberar as suas lideranças e filiados para escolherem entre as candidaturas do campo democrático popular. E todos a queles que já manifestaram seus apoios estão tentando escrever da melhor forma possível essa agenda no programa dos candidatos. Eu continuo fazendo o debate público, no sentido de me dispor ao diálogo, para que essa agenda seja melhor delineada”, detalhou.
A expectativa do partido é que a ex-senadora ajude a puxar votos e aumentar a participação da Rede no Congresso Nacional. Atualmente, a legenda conta com apenas três mandatos: Joênia Wapichana e Túlio Gadelha, na Câmara; e Randolfe Rodrigues no Senado. Marina foi integrante do PT do Acre no começo dos anos 2000, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula, mas, acabou rompendo com o partido em 2009.
Créditos: Jovem Pan.