O líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, criticou duramente o processo eleitoral que está ocorrendo na Venezuela, afirmando que não pode ser chamado de “eleição” devido à falta de transparência e justiça. López, que vive exilado entre Madri e Washington, destacou que as recentes ações do regime de Nicolás Maduro, incluindo a inabilitação de candidatos opositores, comprometem gravemente a legitimidade do processo.
Em uma conversa com a Folha por telefone, López ressaltou que as violações dos acordos estabelecidos em Barbados, que visavam a realização de eleições livres, colocam em evidência a manipulação do regime para manter o controle do poder. Ele enfatizou que as restrições impostas aos principais candidatos opositores são uma clara violação desses acordos e minam qualquer possibilidade de um processo eleitoral justo.
Além disso, López criticou as declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a situação na Venezuela, argumentando que minimizam o sofrimento do povo venezuelano e ignoram a gravidade da crise humanitária no país. Ele também condenou o tratamento desrespeitoso dado por Lula à líder opositora María Corina Machado.
López enfatizou a importância de a comunidade internacional estar atenta à situação na Venezuela e de não permitir que as instituições democráticas sejam subvertidas pelo regime autoritário de Maduro. Ele destacou a necessidade de apoio internacional para garantir a restauração da democracia no país e expressou confiança na capacidade do povo venezuelano de resistir e lutar por mudanças.
Com informações da Folha de S. Paulo.