Uma pancada na cabeça pode variar de um simples susto a uma lesão potencialmente fatal, mas identificar quando é necessário buscar ajuda médica pode ser desafiador, especialmente em casos onde não há sinais óbvios de gravidade.
Segundo o neurocirurgião Fernando Gomes, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é crucial prestar atenção especial a idosos e crianças, que são mais suscetíveis a quedas e apresentam maior fragilidade na região cerebral.
Gomes destaca alguns sinais que indicam a necessidade de buscar socorro médico após uma pancada na cabeça, como dor intensa, fraqueza, tontura, sangramento pelo nariz, boca, ouvido ou olhos, confusão mental, formação de “galo” atrás da orelha, desmaio, perda de consciência e convulsões.
Mesmo na ausência desses sinais, especialmente em idosos e crianças, os cuidadores devem considerar buscar assistência médica se houver preocupação com a gravidade da situação.
Após uma pancada na cabeça, é importante avaliar a cognição e memória da pessoa, evitando que ela durma imediatamente após o incidente, mesmo se estiver sonolenta. Em casos de pancadas que também afetam o pescoço, é recomendado não mexer na pessoa até a chegada de profissionais de saúde, para evitar possíveis lesões na coluna.
Para prevenir pancadas na cabeça, a pediatra Caroline Peev sugere medidas como instalar telas nas janelas, supervisionar crianças em brinquedos altos e usar capacete ao andar de bicicleta, skate ou patins. Já o geriatra Omar Jaluul recomenda evitar situações de risco de queda, escolher calçados adequados, ter cuidado com medicamentos sedativos e realizar exercícios para fortalecimento das pernas.
Com informações do Estadão.