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Em julho de 2019, a modelo Naomi Campbell compartilhou um vídeo em que demonstrava seu ritual de limpeza ao embarcar em um avião. Equipada com luvas de látex e lenços antibacterianos, Campbell detalhou o processo minucioso de higienização, que inclui a limpeza de todos os pontos de contato dentro da aeronave. Para ela, trata-se de uma prática essencial para preservar sua saúde e bem-estar.
Recentemente, Naomi chamou atenção novamente ao lançar uma linha de roupas com propriedades antibacterianas, composta por mais de 40 peças que variam de ternos a calças de moletom. Essa iniciativa reflete seu receio contínuo de exposição a germes, vírus e bactérias, um comportamento conhecido como germofobia ou misofobia.
A germofobia pode se manifestar de diversas formas, como lavagem excessiva das mãos, limpeza compulsiva de superfícies e evitar contato físico com outras pessoas por medo de contaminação. Esses rituais, se não controlados, podem desencadear crises de ansiedade e até transtornos obsessivos-compulsivos.
Durante a pandemia de Covid-19, a preocupação com a contaminação aumentou significativamente, levando muitas pessoas a adotarem medidas extremas de higiene e prevenção. No entanto, essa preocupação excessiva pode prejudicar a saúde mental e o bem-estar emocional.
Os especialistas alertam que é importante distinguir entre um medo saudável e uma fobia prejudicial. Enquanto o medo é uma resposta natural que nos protege de perigos reais, a fobia é um medo irracional e excessivo que interfere na vida diária.
Para combater a germofobia, é essencial buscar ajuda profissional, como psicólogos e psiquiatras, que podem oferecer apoio e orientação adequados. Além disso, é importante lembrar que o contato com germes comuns é essencial para fortalecer o sistema imunológico e manter a saúde geral.
Em resumo, embora a higiene e a precaução sejam importantes para evitar doenças, é fundamental encontrar um equilíbrio saudável e não permitir que o medo excessivo domine nossas vidas.
Veja os sinais de excesso:
- Higienizar as mãos com álcool gel mais de 5 vezes ao dia pode impactar nas bactérias ‘do bem’;
- O mesmo vale para pessoas que lavam as mãos mais de 10 vezes ao dia;
- Higienizar os sapatos ou tirá-los sempre que entrar dentro de casa, não é necessário;
- Abrir fechaduras com proteção nas mãos também é um ato desnecessário que não há grande impacto na saúde humana;
- Ferver água filtrada. O líquido já não tem bactérias;
- Tomar mais de 3 banhos por dia;
- Escovar os dentes de forma exagerada (fora dos períodos após refeições ou antes de dormir). Pode desgastar e estragar o esmalte do dente.
Com informações da O Globo.