A Procuradoria da República do Distrito Federal acusa o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, e as jornalistas Rebeca Scatrut (mulher de Ricardo Noblat) e Alba Chacon, sócias na empresa de consultoria e assessoria de Comunicação Informes, e Flávia Torreão, esposa de Nelson Torreão, editor do Correio Braziliense, e outras quatro pessoas de desviarem R$ 33 milhões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de 1998 a 2002.
O caso ficou conhecido como “Conexão Pernambuco” porque Rebeca, Alba, Nelson Torreão e Noblat, que era diretor de redação do Correio, eram todos pernambucanos.
A investigação do Ministério Público apontou que, embora Rebeca e Alba tivessem uma empresa de comunicação que fazia assessoria de imprensa para o Incra, os acusados desviaram a cifra milionária para outros fins e, por isso, moveu uma ação civil pública contra eles.
O jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da Veja, providenciou uma “bela” matéria jornalística para desprestigiar o trabalho de investigação do MP, alegando que o órgão prosseguiu em suas acusações sem levar em conta um tal Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que o Incra mesmo abriu e concluiu que os terceirizados não eram os culpados. Mas, veja bem: é o Incra, investigando o próprio Incra e concluindo que o Incra é inocente. Diante do relatório final, o MP, claro, descartou sumariamente o documento.
O processo ainda corre na Justiça e o MP acusa Jungmann de contratar a empresa da “Senhora Noblat” e amiga sem o devido processo legal das licitações. Já o PAD diz que licitou a empresa que contratou a duas.
Uma confusão de “disse-me-disse” absurda, que arrasta o processo sem o rastreamento e devolução dos recursos aos cofres públicos.
“Sorte” deles, né, já que Reinaldo Azevedo diz que os jornalistas “medalhões” (famosos e premiados) ganham “salários de fome” nos ministérios e, por isso, encontram “saídas” para aumentar os rendimentos.
SIm, é verdade! Todos nós notamos isso.
Créditos: O Republicano.