Foto: Reprodução/Notibras/2016.
Lula não retornou sozinho à cena do crime, conforme observado por Geraldo Alckmin. As construtoras Andrade Gutierrez e Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht, estão retomando suas operações na refinaria que foi o epicentro da Operação Lava Jato, um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil.
A informação foi divulgada pelo jornal Estadão e pela Folha de S.Paulo. Ambas as empresas foram selecionadas em licitação para concluir a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), com previsão de início das obras para o segundo semestre de 2024.
A Consag, filial da Andrade Gutierrez no mercado privado, garantiu os lotes A e B, com um valor total de cerca de R$ 3,7 bilhões. Enquanto a Tenenge, uma empresa da Novonor, antiga Odebrecht, foi responsável pela aquisição dos lotes C, D e E, totalizando um valor superior a R$ 5 bilhões.
Desde a Operação Lava Jato, que revelou esquemas de corrupção em projetos da Petrobras, ambas as empresas enfrentaram uma escassez de grandes projetos.
A Odebrecht, por exemplo, estava impedida de participar de licitações da petroleira até o ano passado. A Andrade Gutierrez foi liberada em 2017, sendo este seu primeiro grande projeto desde o escândalo.
Histórico de corrupção
A Refinaria Abreu e Lima possui um histórico de corrupção durante o primeiro mandato do governo Lula e durante a administração de Dilma Rousseff.
O custo da refinaria ultrapassa os R$ 40 bilhões, um aumento de R$ 36 bilhões em relação ao valor estimado no início do projeto, que envolveu Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.
Atualmente, a refinaria representa 6% da capacidade de refino da Petrobras e 15% de toda a produção de S10 da empresa.
Com informações do Blog do Gustavo Negreiros