O tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, que atuou como comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou em seu depoimento à Polícia Federal em 17 de fevereiro que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) o abordou solicitando apoio para um movimento golpista.
À PF, Baptista Junior contou que Zambelli o abordou após a formatura de aspirantes à oficial da FAB ocorrida no dia 8 de dezembro de 2022, na cidade de Pirassununga (SP). Segundo o militar, a parlamentar pediu para o tenente-brigadeiro do Ar “não deixar o presidente Bolsonaro na mão”.
O ex-comandante da Aeronáutica disse ter repreendido a deputada na hora da abordagem. “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”, teria dito Baptista, segundo depoimento do militar à PF ao qual a coluna teve acesso.
Zambelli também teria abordado ministro da Defesa
O ex-comandante da Marinha contou ainda à PF ter relatado a abordagem de Zambelli ao então ministro da Defesa do governo Bolsonaro, general Paulo Sérgio Nogueira, que teria contado que também foi procurado por Zambelli “de forma semelhante”.
“QUE as pressões para anuir a uma possível ruptura institucional não se limitou às redes sociais; QUE no dia 08/12/2022, após a formatura dos aspirantes à oficial da FAB, na cidade de Pirassununga/SP, o depoente foi interpelado pela deputada federal CARLA ZAMBELLI, com a seguinte indagação; ‘Brigadeiro, o senhor não pode deixar o Presidente Bolsonaro na mão’, QUE, em seguida, o depoente disse: ‘Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade’. QUE o depoente reportou tal fato ao então ministro da Defesa PAULO SÉRGIO DE OLIVEIRA; QUE o Ministro reportou ao depoente, que foi abordado pela deputada federal CARLA ZAMBELLI de forma semelhante”, diz trecho do depoimento de Baptista Junior.
As informações são do Metrópoles/Igor Gadelha