A Ucrânia anunciou avanços significativos de suas forças nas regiões leste e nordeste do país para recapturar territórios tomados ainda nos primeiros dias da invasão pela Rússia.
Neste domingo, 11, o presidente Volodymyr Zelensky disse que o país libertou de forças russas o assentamento de Chkalovske, na região de Kharkiv, uma das maiores cidades da Ucrânia.
“Outro assentamento libertado! Graças à 14ª brigada mecanizada separada com o nome do príncipe Romano, o Grande, a bandeira ucraniana retornou a Chkalovske, região de Kharkiv”, anunciou Zelensky pelas redes sociais.
Segundo o presidente, as Forças Armadas da Ucrânia libertaram e assumiram o controle de mais de 30 assentamentos na região de Kharkiv. A informação é da Revista Oeste.
No sábado 10, as forças militares ucranianas entraram na cidade de Izium. O ato representou mais do que uma grande vitória militar. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia classificou as ações de extraordinárias. O prefeito de Izium, Valeri Martchenko, disse ao jornal The New York Times que a cidade estava livre das tropas de Moscou.
Esse é um sinal de que a guerra na Ucrânia pode estar entrando em uma nova fase, na qual as tropas russas lutam para manter os territórios que capturaram nos últimos seis meses.
As forças russas foram forçadas a fugir da estratégica cidade oriental apenas cinco dias depois que a Ucrânia iniciou uma nova ofensiva para o leste através da região de Kharkiv.
Zelensky afirmou que os militares do país retomaram mais de 2 mil quilômetros quadrados de território desde o início do mês.
O que diz a Rússia
Embora as informações ainda não possam ser verificadas de maneira independente, sinais emitidos por Moscou indicam que a nova fase da guerra está mesmo se consolidando.
Citando o Ministério da Defesa, a agência de notícias estatal russa Tass confirmou o deslocamento de tropas de Izium para outros pontos do Donbass.
Segundo a versão do Kremlin, trata-se de movimento já planejado para reorganizar as forças de defesa no leste. Meios ocidentais, porém, viram a retirada como um aparente colapso das forças russas em um dos principais fronts do conflito, com função logística importante.