O ex-ministro Aldo Rebelo, que já foi parte dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, comparou as medidas aplicadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro às utilizadas para inviabilizar a candidatura de Lula em 2018. Em entrevista à CNN no sábado (9.mar.2024), Rebelo afirmou que os métodos envolvem o Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal e a mídia.
“Os métodos que estão sendo usados contra o Bolsonaro hoje são os mesmos que foram usados para inviabilizar a candidatura do Lula, e com os mesmos protagonistas: Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal e mídia”, afirmou Rebelo em entrevista à CNN.
Na avaliação de Rebelo, Bolsonaro não tentou dar um golpe, destacando que “um golpe exige uma articulação e um protagonismo que não houve. Golpe não se dá em uma reunião pública gravada”. O político, atual secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, revelou manter uma relação próxima com Bolsonaro, incluindo contatos regulares pelo WhatsApp.
Quando questionado sobre a possibilidade de sua candidatura a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), Rebelo afirmou que soube da notícia pela imprensa, deixando em aberto a confirmação dessa especulação.
As declarações de Aldo Rebelo ocorreram após a operação da Polícia Federal que investiga Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência da República. O prefeito Ricardo Nunes, que conta com o apoio do PL e de Bolsonaro em sua candidatura à reeleição, expressou confiança nas instituições democráticas e no Judiciário, ressaltando a importância da “presunção de inocência” e do direito de defesa, conforme estabelecido pela Constituição.
Com informações do Poder 360.