Ofensas raciais serão agora repudiadas de forma mais firme, assegura Nego Di. O comediante e ex-participante do BBB recorreu ao Instagram na quarta-feira (6/3) para relatar que foi conduzido à delegacia após danificar o veículo de um indivíduo que o insultou com a palavra “macaco” durante um desentendimento no trânsito. Nesse contexto, ele fez questão de relembrar um incidente anterior e destacar as diferenças nas reações.
“Não estou preso. Já estou em casa, está tudo certo. Estou aqui para dizer a vocês que a única coisa de ruim que aconteceu hoje foi que apreenderam o meu facão, mas vou comprar outro. Só estou aqui porque saiu em página de fofoca. Eu nem ia falar disso, não gostou desse tipo de vibe aqui no meu Instagram”, começou ele.
😮 Nego Di é chamado de “macaco”, reage com facão e para na delegacia
— Metrópoles (@Metropoles) March 7, 2024
O humorista e ex-BBB usou o Instagram, na quarta-feira (6/3), para contar que foi denunciado e relatou o motivo de sua atitude.
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Em seguida, ele contou o que aconteceu e lembrou que não é a primeira vez que isso acontece: “Me envolvi em uma briga de trânsito, já tinha acontecido isso há dois anos. O cara tinha me fechado, aí eu buzinei pra ele pra deixar eu passar. E quando eu passei, porque ele estava no celular, não foi de propósito, ele começou a me chamar de preto, macado, filho da p*ta, não sei o quê. Aí, fui procurar meus direitos, fiz B.O., processei, peguei placa. Não aconteceu p*rra nenhuma, fiquei me sentindo um idiota, sentimento de impotência”, desabafou.
Foi então que Nego Di resolveu agir de maneira diferente: “Hoje se repetiu e eu agi de outra forma. Eu estava na BR, na pista rápida na esquerda, tentando andar rápido. Estava tudo limpo e o cara estava andando a 50km/h na minha frente. Dei sinal de luz, me aproximei e ele não queria sair, buzinei. E quando eu buzinei, ele começou a me perseguir pela rua. Quando eu saí da BR, ele encostou o carro do meu lado, abaixou o vidro e começou a me ofender”, detalhou.
E continuou relatando: “Eu falei ‘vai tomar no seu c’ e quando eu falei isso, ele falou: ‘tinha que ser um negro desgraçado, pau no c, macaco, preto, filho da p*ta’, tudo isso. Atravessei o carro na frente do dele, saí com o meu facão que eu uso para gravar os meus vídeos e quebrei todo o carro dele”, assumiu.
Logo depois, ele contou com ficou a situação: “Ele disse que ia chamar a polícia, ficou muito nervoso, berrava. Eu disse que poderia chamar, que eu ia esperar. Esperei, a polícia chegou, fui pra delegacia, dei minha versão dos fatos”, disse, antes de completar:
“Ele disse que vai procurar os direitos dele, que vai me processar e está tudo certo. Eu tenho o direito de reagir como eu reagi. Ele tem o direito de falar, eu tenho o direito de reagir e ele tem direito a tréplica, que é me processar. Mais um pra conta e tá tudo certo”.
Na sequência, o humorista afirmou estar tranquilo quando ao processo: “E eu decidi que, a partir de agora, é assim que eu vou reagir. Me senti muito melhor do que da outra vez, de alma lavada. Se tiver que pagar, eu pago com prazer”.
Nego Di aproveitou para rebater comentários de internautas que disseram que ele considera o racismo “mimimi”: “E tem gente comentando que eu falei que era mimimi, que não existia racismo. Nunca falei isso, jamais falaria uma asneira dessas. Se vocês têm um vídeo meu falando isso, postem”, desafiou.
E concluiu: “O que eu digo é: racismo, causas raciais, que são debates na sociedade, são coisas muito sérias pra gente ficar banalizando. Não dá pra vir dizer que o nome do bolo ‘nega maluca’ tá incomodando. Isso não, isso eu não aceito. Mas isso que o cara fez foi crime e ele pagou do jeito que eu achava que tinha que ser na hora”.
Nos comentários, os seguidores do humorista enviaram mensagens de apoio: “Fez o que quase todo brasileiro gostaria de fazer”, disse uma. “Chega de apanhar. A gente tem que dar também 👏🏽👊🏽”, postou outra. “Eu concordo em partes, mano. Assim como ele não sabia que tu tinha o facão, ele poderia ter uma arma. Pensa na tua família sempre que acontecer isso, respira fundo e segue teu caminho. Tem sempre alguém esperando você chegar bem em casa”, aconselhou um terceiro.
Com informações de Metrópoles