Em novembro de 2023, Mia Regev, trajando moletom e calça, deixou o local de sua libertação, dirigindo-se à ambulância da Cruz Vermelha com o auxílio de muletas. Seu pé esquerdo encontrava-se enfaixado e com pinos, resultado de um tiro na perna e de uma intervenção cirúrgica realizada pelo grupo terrorista que reconectou seus pés de forma invertida.
"Papai! Estou levando um tiro!", diz Mia Regev, que foi refém do Hamas, em gravação de conversa de telefone que ela própria expôs no Parlamento israelense. https://t.co/PiYLzSikZG pic.twitter.com/yUjggUNYz7
— O Antagonista (@o_antagonista) March 5, 2024
A celebração da sua libertação foi contida por sua família, uma vez que seu irmão permanecia como refém dos terroristas em Gaza. Itay, o irmão mais novo de Mia, foi libertado posteriormente, após ser alvejado no quadril e submetido a uma operação pelo Hamas enquanto ainda estava plenamente consciente, como uma forma de tortura.
Ambos foram vítimas do ataque terrorista do Hamas durante o festival de música Supernova em 7 de outubro. Mia Regev, junto com o irmão, compareceu ao Parlamento do Estado de Israel em 5 de março, participando de uma conferência para marcar o Dia Internacional das Mulheres. Durante seu discurso, Mia apresentou ao Parlamento a transcrição do áudio do momento do seu sequestro.
“Em 7 de outubro, Itay, meu irmão mais novo e Omer Shem Tov, um dos meus melhores amigos, Ori Danino, eu e um pouco mais de 220 civis e soldados fomos levados a Gaza pelos assassinos. Desde então passaram 151 dias e restam ainda lá 134 reféns e restos mortais. Meu irmão Itay e eu fomos liberados no contexto do último acordo de trégua. No momento do rapto, eu estava no telefone conversando com meu pai. Eu vou fazer vocês ouvirem o registro e voltarei a isso depois. Eu espero que vocês consigam escutar”.
Áudio da ligação telefônica de Mia para o seu pai:
Mia: Papai
Pai de mia: Tá tudo bem?
(Mia grita)
-Papai! Estou levando um tiiiiiro!
– Onde você está?
(Mia está em choque e não consegue conversar mais com seu pai)
– Onde você está. Envie-me uma localização. Esconda-se!
– Eu não consigo sair daqui!
– Eu vou até você. Envie-me uma localização
(Gritos)
– Eu preciso de uma localização, meu Deus!!”
Enquanto se recuperava no hospital, após ter sido mantida em cativeiro pelo Hamas durante 50 dias, Mia já havia dado algumas declarações para a imprensa: “No primeiro dia arrancaram a minha roupa. Tiraram a minha roupa, tiraram o brinco das minha orelhas. Tiraram o meu nome, tiraram tudo de mim. Antes de eu voltar pra casa disseram-me que ninguém queria saber de mim e que eu ia morrer em Gaza”, declarou a ex-refém
Com informações de O Antagonista