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Com mais de 1 milhão de casos de dengue registrados no país nos primeiros meses do ano, o governo federal está promovendo neste sábado, 2 de março, o Dia D de combate à doença em todo o território nacional. Sob o lema “10 minutos contra a dengue”, a mobilização visa intensificar ações de prevenção e eliminação dos criadouros do mosquito transmissor.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou durante uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na última quarta-feira, 28, que as medidas se concentram principalmente no controle dos focos do mosquito, incluindo visitas de agentes de saúde às residências, além de conscientização da população sobre os sinais de alerta.
Esta iniciativa é coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Trindade enfatizou a importância da participação de todos os estados na ação, mesmo aqueles que já realizaram mobilizações locais contra o mosquito.
Até o último dia 27, seis estados (AC, GO, MG, ES, RJ e SC) e o Distrito Federal haviam decretado emergência em saúde pública devido à dengue. Em fevereiro, os recursos federais destinados para auxiliar as unidades federativas no enfrentamento dessa emergência foram ampliados para R$ 1,5 bilhão.
Desde janeiro, foram notificados 1.038.475 casos e 258 mortes relacionadas à doença, além de outros 651 casos em fase de investigação. Esse número representa mais da metade do total de casos registrados em todo o ano de 2023 e supera completamente os registros dos anos anteriores, como 2021, 2020, 2018 e 2017.
A ministra da Saúde alertou que 2024 pode registrar o dobro de casos de dengue notificados em comparação com 2023, quando foram registrados 1.658.816 casos. O governo atribui o aumento significativo de casos às mudanças climáticas, à expansão da doença em regiões antes não afetadas e ao retorno da circulação de todos os sorotipos do vírus da dengue.
De acordo com o último boletim semanal do Ministério da Saúde sobre dengue, com base em dados até 24 de fevereiro, o país apresentou um aumento de 369% nos casos em comparação com o mesmo período do ano anterior, além de um aumento de 154% nos casos graves e 31% nas mortes.
Com informações do Globo.
