Foto: Reprodução/ Instagram
Dono da Braiscompany, Antônio Ais (foto) foi preso com a esposa e sócia, Fabrícia Farias, na quinta-feira, 29, na Argentina. Os dois estavam foragidos desde fevereiro de 2023, quando se tornaram alvo de um mandado de prisão temporária.
O casal foi condenado há duas semanas, em 13 de fevereiro, junto com outras oito pessoas, por articular um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas que movimentou 1,5 bilhão de reais.
A Polícia Federal promete dar detalhes nesta sexta-feira, 1º, sobre a prisão, que ocorreu em um condomínio onde os dois estavam escondidos.
88 anos de prisão
Antônio Ais foi condenado a 88 anos e 7 meses de prisão pelo Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande — a Braiscompany era sediada na Paraíba. Já Fabrícia Farias pegou uma pena de 61 anos e 11 meses de prisão.
Os dois foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.
Pela decisão do juiz, os condenados pelo caso devem pagar mais de 277 milhões de reais em danos patrimoniais e 100 milhões de reais em danos morais coletivos.
Surpresa
A defesa de um dos 10 condenados, Mizael Moreira da Silva, que pegou 19 anos e 6 meses de prisão, se disse surpresa com a condenação e prometeu recorrer. porque ele seria “tão vítima quanto qualquer outro investidor”. Seus advogados divulgaram nota para dizer que Mizael investiu na empresa e chegou a convencer os próprios pais, além de familiares e amigos, a investir no negócio.
A Braiscompany prometia retorno financeiro de 8% ao mês. No discurso da empresa, os investidores convertiam dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para que a companhia os gerisse por um ano.
O negócio constituía essencialmente um investimento em um fundo, mas, para fazê-lo dentro da lei, a Braiscompany precisaria percorrer um processo burocrático e adquirir certificações, entre outras coisas.
Saiba mais sobre o caso Braiscompany:
O Antagonista