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De janeiro a fevereiro deste ano Fisesp registrou 602 casos de antissemitismo, o que representa quase um terço do total de denúncias do ano passado
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) divulgou um levantamento indicando que as denúncias de caso de antissemitismo subiram 263% em escolas e universidades desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou os ataques de Israel ao Hamas à tragédia do Holocausto.
Na semana anterior ao discurso de Lula, que ocorreu no último dia 18, na Etiópia, o Departamento de Segurança Comunitária da Federação Israelita recebeu 46 denúncias referentes às instituições de ensino. Após o pronunciamento, ocorreram novas 165 denúncias, segundo a entidade.
De acordo com os dados da federação, as queixas chegam por meio de mensagens em redes sociais e em grupos de Whatsapp da instituição, e são constituídas por agressões verbais contra alunos judeus nas escolas e universidades.
Para o presidente da Fisesp, Marcos Knobel, a afirmação de Lula potencializou uma onda antissemita.
“A afirmação feita pelo presidente fez uma perversa distorção da realidade, pois estamos vivendo uma onda de ataques antissemitas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, e isso ganhou ainda mais força após a declaração”, afirmou Knobel.
“Os judeus no Brasil estão sendo atacados em qualquer lugar. Inclusive, quatro dessas denúncias são extremamente preocupantes, pois são de jovens em idade escolar que sofreram ataques dentro das instituições de ensino onde estudam, o que coloca a sua segurança em jogo”, acrescentou.
De janeiro a fevereiro de 2024, a Fisesp registrou 602 casos de antissemitismo, chegando a quase um terço do total de denúncias do ano passado.
A CNN procurou o Palácio do Planalto para comentar sobre o levantamento da Fisesp e aguarda retorno.
CNN