A R7 Facilities, empresa encarregada da reforma no telhado da Penitenciária Federal de Mossoró, onde ocorreu a fuga de dois detentos em 14 de fevereiro, também possui contratos de prestação de serviços com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Atualmente, o Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando a empresa por um esquema envolvendo “laranjas”. Simultaneamente, a PF está conduzindo uma investigação interna para determinar se os funcionários da R7 Facilities desempenharam algum papel facilitador na fuga dos detentos.
Com a PF, a R7 Facilities tem três contratos firmados. Dois deles foram assinados na mesma data, 20 de abril de 2022. O mais alto, no valor de R$ 4,7 milhões, prevê a contratação de “serviços continuados de apoio administrativo de recepção, com disponibilização de solução tecnológica para gestão e fiscalização contratual, por meio de aplicação web e aplicativo mobile, com disponibilização de mão de obra em regime de dedicação exclusiva”.
No âmbito desse contrato, que tem vigência até novembro deste ano, a PF pagou à R7 Facilities R$ 282 mil no dia 5 deste mês, referentes a serviços de “apoio administrativo, técnico e operacional” prestados em dezembro de 2023.
O outro contrato firmado em 2022 prevê despesa de R$ 1,5 milhão na contratação de serviços continuados de assistente administrativo, também com a disponibilização de “solução tecnológica para gestão e fiscalização contratual, por meio de aplicação web e aplicativo mobile”.
O contrato mais antigo entre a PF e a R7 Facilities foi firmado em 2019 e tem validade até a próxima quinta-feira (29/2). Ele se refere a “serviços sob demanda nos sistemas, equipamentos e instalações prediais”, realizados na Superintendência da PF em Santa Catarina. O valor do contrato é de R$ 526 mil.
Já a CGU tem dois contratos com a R7 Facilities. O primeiro, assinado em agosto de 2019, tem vigência até setembro deste ano, no valor de R$ 3,6 milhões. Ele prevê a “prestação, de forma contínua, de serviços de secretariado (técnico em secretariado e secretário executivo) a serem prestados nas dependências da Controladoria-Geral da União, nos imóveis atualmente ocupados ou naqueles que venham a ser ocupados pelo órgão, em Brasília-DF, bem como nas unidades regionais, localizadas nas capitais dos estados do Amapá, Rio de Janeiro e Roraima”.
Através deste acordo, a R7 Facilities recebeu, em janeiro, a quantia de R$ 197 mil, seguida por R$ 198 mil em fevereiro deste ano, por serviços prestados à CGU. O segundo contrato, celebrado entre a CGU e a empresa em novembro de 2023, tem validade até novembro de 2024 e envolve um montante de R$ 327 mil. Esse contrato visa a contratação de “serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra na categoria de contador”, destinados a serem realizados nas instalações da CGU.
Com informações de Metrópoles