Sob intensas investigações da Polícia Federal, Jair Bolsonaro adotou uma postura conciliatória em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e propôs anistia para os envolvidos no incidente de 8/1.
O ex-presidente advogou por uma abordagem mais branda por parte do sistema judicial, mesmo diante de condenações que ultrapassam 15 anos de prisão.
Na sequência, o ex-presidente clamou por anistia ao Congresso Nacional. “É por parte do parlamento brasileiro uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília”.
Ele usou a história brasileira. “Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Pedimos um projeto de anistia para que seja feita justiça no Brasil. Quem, por ventura, depredou, que pague. Mas essas penas [mais de 15 anos] fogem ao mínimo da razoabilidade”.
Bolsonaro expressou sua insatisfação por estar inelegível, sem mencionar diretamente o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou o STF. Ele destacou a inadmissibilidade de um poder retirar indivíduos do processo eleitoral.
Ao abordar a investigação da Polícia Federal sobre a venda de joias que pertenciam ao patrimônio do Planalto, Bolsonaro argumentou que considera tal atuação como uma medida de natureza política.
Quanto às suspeitas de planejar um golpe, o ex-presidente ressaltou a ausência de tanques nas ruas e afirmou que tal empreendimento exigiria apoio político e empresarial, algo que ele afirma não ter buscado.
Bolsonaro também se defendeu da descoberta de uma minuta de golpe, explicando que o estado de sítio inicia com o presidente convocando os Poderes e ressaltando que a proposta precisaria ser aprovada em votação pelo Parlamento.
No entanto, o ex-presidente não aprofundou suas explicações sobre as suspeitas que pesam contra ele.
“Nós não podemos concordar que um Poder tire do palco político quem quer que seja, a não ser por um motivo extremamente justo. Não podemos pensar [em] ganhar as eleições afastando os opositores do cenário político.”, disse Bolsonaro.
Com informações de UOL