A Alphabet, empresa controladora do Google, anunciou na sexta-feira (1º) que excluirá o histórico de localização de usuários que visitarem uma clínica de aborto. O anúncio vem na esteira da decisão da Suprema Corte de derrubar a jurisprudência que permitia o aborto no país, em 24 de junho.
Jen Fitzpatrick, vice-presidente sênior de Sistemas e Experiências Principais, disse que a ida a locais que realizam o procedimento “pode ser particularmente pessoal”. A medida entra em vigor “nas próximas semanas”.
O Google também excluirá dados de usuários que visitem centros de aconselhamento, centros de fertilidade, clínicas de tratamento de vícios, clínicas de perda de peso e clínicas de cirurgia plástica.
“O histórico de localização e de rastreamento está desativado por padrão e pode ser excluído a qualquer momento”, acrescentou Fitzpatrick.
Grupos de defensores da privacidade veem a possibilidade de promotores passarem a usar mandados ou intimações para exigir que empresas de tecnologia entreguem dados, mostrando quando usuários visitaram locais que realizam o procedimento.
“Continuamos comprometidos em proteger nossos usuários contra demandas governamentais impróprias por dados e continuaremos a nos opor a demandas excessivamente amplas ou legalmente censuráveis”, declarou Fitzpatrick.
Sundar Pichai, CEO do Google, disse na sexta-feira (1º) que a decisão da Suprema Corte “foi uma mudança enorme para os EUA”. Afirmou que a empresa trabalhará em “novas maneiras de fortalecer e melhorar as proteções [medidas de privacidade] ao longo do tempo”.
Créditos: Poder 360.