Foto: Reprodução/O Rei Charles III na companhia do primogênito, Príncipe William, e do neto mais velho, Príncipe George.
O rei Charles III estaria adiantando alguns planos relacionados à sucessão do trono britânico – um gesto que poderia indicar que a gravidade de seu câncer é mais séria do que se pensava.
Embora os detalhes desses planos sejam mantidos em absoluto sigilo, as informações disponíveis já sugerem questões importantes. O especialista e autor em realeza britânica, Tom Quinn, compartilhou essas revelações com o jornal britânico Mirror nesta sexta-feira (23). O primogênito de Charles e Diana (1961-1997), William, é o próximo na linha de sucessão ao trono; em seguida, vêm seus três filhos em ordem de idade, com George, de 10 anos, seguindo os passos do pai.
No último dia 5, o Palácio de Buckingham anunciou que o monarca de 75 anos foi diagnosticado com um tumor cancerígeno e optou por não divulgar mais detalhes. Tom disse ao Mirror que William, o príncipe de Gales, está “no cerne do planejamento sucessório”, mas “ninguém confia em Harry”. O especialista prosseguiu: “Charles também está ciente de que, como futuro rei, William é central no planejamento sucessório em andamento neste momento”.
As informações mais preocupantes vieram a seguir, com Tom Quinn explicando que a ideia era contemplar o futuro do trono britânico levando em consideração os 80 anos de Charles. “As autoridades presumiram que Charles permaneceria saudável pelo menos até meados dos 80 anos, quando o planejamento sucessório se tornaria necessário”, sugeriu: “Isso talvez indique que o câncer de Charles seja mais perigoso do que se pensava inicialmente”.
“O planejamento sucessório é altamente confidencial e ninguém conta com a participação de Harry por uma simples razão: se ele se sentir menosprezado ou não receber o que acredita merecer, ele irá diretamente para a imprensa”, afirmou o especialista.
As tensões entre Harry e a realeza existem desde que ele e sua esposa, Meghan Markle, deixaram o país em 2020 e revelaram detalhes sobre sua vida no Reino Unido, expondo desavenças com a família real em entrevistas, documentários e livros. Esses ataques, é claro, criaram um afastamento ainda maior entre o casal e o restante da família.
No entanto, assim que a notícia do câncer de Charles veio à tona, Harry voou imediatamente para visitar o pai no Reino Unido.
Após a visita-relâmpago, Harry concedeu uma entrevista nos Estados Unidos. Uma de suas respostas também chamou a atenção para um possível indicativo sobre a condição de saúde de Charles. Na conversa, o duque de Sussex foi perguntado sobre a saúde atual do rei e, sem oferecer detalhes, respondeu sucintamente: “Isso fica entre mim e ele”.
“Uma das coisas mais reveladoras na entrevista dele para o ‘Good Morning America’ foi a total relutância em falar sobre a condição de saúde de seu pai”, explicou Christopher Andersen, autor de ‘O rei: A vida de Charles III’, à Fox News recentemente.
O especialista continuou sua análise para o site norte-americano: “A resposta comum, mesmo que não seja verdadeira, é que o paciente está bem e o prognóstico parece excelente”, observou. “Em vez disso, Harry afirmou que qualquer informação sobre a condição médica de seu pai é estritamente entre ele e o rei”, ressaltou.
“Esses são assuntos privados, é claro. No entanto, a recusa imediata de Harry em responder à pergunta, juntamente com a falta de detalhes fornecidos pelo palácio, é preocupante”.
Charles recebeu alta do hospital no início do mês após uma cirurgia para tratar o aumento da próstata. Na ocasião, o palácio afirmou que era um procedimento corretivo para algo benigno. Foi durante essa internação que o monarca descobriu o tumor maligno.
Com informações da Revista Monet.