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Lula afirmou na sexta-feira à noite que calúnias foram inventadas sobre a Petrobras nos últimos anos. Durante o lançamento da nova seleção cultural da estatal, no valor de R$ 250 milhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o país resistiu às tentativas de prejudicar a companhia.
“Houve recentemente outra tentativa de prejudicar a nossa Petrobras. Foram inventadas cerca de 100 calúnias sobre a Petrobras. Eu vi o orgulho dos funcionários vestindo a camisa cor de abóbora, que durante muito tempo foram ofendidos por usá-la nas ruas do Rio de Janeiro, pois ser da Petrobras significava ser associado à corrupção e má gestão do patrimônio”, afirmou.
Lula reiterou suas críticas às investigações de corrupção na petroleira realizadas na operação Lava Jato, enfatizando que o povo resistiu e a empresa sobreviveu. Ele afirmou que o investimento em cultura é uma contrapartida necessária da Petrobras para o povo “que tanto lutou por ela”, mencionando as tentativas de privatização da empresa.
“A cultura é parte dos interesses de uma empresa nacional, que tantas vezes tentaram privatizar e, quando conseguiram, decidiram fatiar e vender partes da Petrobras, como fizeram com tantas outras empresas. Mas mais uma vez, resistimos”, disse.
O presidente também destacou a importância da Petrobras investir em questões que interessem ao povo. “A cultura pode não interessar a um ditador. A cultura pode não interessar a um negacionista. Mas a cultura simplesmente interessa ao povo, assim como um prato de comida”, afirmou durante o evento, realizado no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio.
Lula lembrou que a elite brasileira se opôs à criação da Petrobras, o que ele descreveu como um complexo de inferioridade. Ele também mencionou tentativas de mudar o nome da empresa para uma marca com mais apelo comercial e destacou que todos esses movimentos foram impedidos pelo povo brasileiro.
“Estamos em uma empresa que não deveria ter existido. Quando pensaram em criar a Petrobras, uma parte da elite conservadora brasileira, que tinha um complexo de inferioridade, queria impedir a Petrobras de nascer. Hoje, eles são contra o aborto, mas naquela época queriam impedir o surgimento de uma empresa de petróleo que pudesse dar a este país a dignidade e a decência de uma nação soberana”, afirmou.
Segundo o presidente, aqueles que afirmam que a Petrobras ou ele próprio tiveram sorte com a descoberta do pré-sal em 2006 deveriam “usar a inteligência”. Ele atribuiu o feito ao aumento dos investimentos em pesquisa na estatal durante seus dois primeiros mandatos.
Com informações do Poder 360.