foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro da Fazenda era investigado pela Justiça em razão de supostos pagamentos da Odebrecht à sua campanha à Prefeitura de São Paulo
A Justiça Federal em São Paulo determinou o arquivamento da investigação sobre suposto caixa dois à campanha do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 2012, à Prefeitura de São Paulo. A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
O inquérito foi abastecido pelas delações dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que foram responsáveis pela campanha vitoriosa daquele ano, e pela Odebrecht, que afirmou ter disponibilizado R$ 15 milhões à candidatura do petista.
O MPF afirmou que havia “carência de materialidade” e “ausência de prova de autoria” para comprovar os crimes. E ainda disse que as declarações dos delatores são insuficientes para oferecer denúncia ou dar continuidade ao inquérito.
Essa é a terceira vez que uma investigação sobre o ministro por suspeita de caixa dois é arquivada. Haddad foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo em uma ação sobre suposto caixa dois eleitoral da UTC Engenharia.
Em primeiro grau, a Justiça havia afastado a delação da empreiteira mas condenou o ex-prefeito a quatro anos e seis meses por falsidade ideológica eleitoral por considerar que havia declarações falsas com gráficas. O juiz disse que Haddad havia “assumido o risco ao não se interessar pelo gerenciamento de sua campanha”.
Tudo foi derrubado em segundo grau. Desembargadores do TRE entenderam que não havia prova de qualquer crime. Em um outro caso, o MPF arquivou uma investigação com base na delação da OAS.
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