Foto: Época
O Governo Fátima começa a mostrar sinais de desgaste financeiro nas contas públicas. Com o Rio Grande do Norte no limite dos gastos, diante da Lei de Responsabilidade fiscal, não há como Aldemir Freire, secretário de Finanças, fazer mágica.
O Governo do RN teve a grande oportunidade de estruturar as contas públicas em um período que não pagou despesas com o governo federal. Além disso, teve repasses gigantescos para a saúde, vendeu folha de pagamento, adiantou roialties do petróleo, fez uma reforma durissima para arrecadar mais do funcionalismo público, taxando inclusive os inativos, porém mesmo com tudo isso, o caos no estado começa a se mostrar latente.
Primeiro, foi o repasse dos consignados ao Banco do Brasil que não foi feito. Isso significa que foi descontado do funcionário no contracheque, mas o governo usou o dinheiro para “tapar” algum buraco financeiro, e, aparentemente a crise se agrava com o atraso de diárias operacionais aos policiais militares.
Isso acende a luz vermelha para os funcionários públicos do RN que receberam pagamentos de folhas em atraso. A situação também prova que sem os recursos federais do governo Bolsonaro, sem a arrecadação gigante e, até certo ponto, desumana sobre o ICMS dos combustíveis que elevaram o preço da gasolina e diesel absurdamente, o governo do RN está fadado a dar o maior calote que esse estado já viu.
Ora, não tem 12 meses que bilhões rechearam os cofres do RN e já há esse desgaste. Significa que estão tentando chegar ao fim da eleição com a respiração em apneia.
Por falar em buracos, mesmo com todo esse aporte financeiro, Fátima não conseguiu fazer uma obra estruturante, mas insistiu com leis inócuas, como o dia do orgulho lésbico, feito por sua base, e que não ajudou efetivamente as pessoas que estão nesse grupo em nenhuma política pública. Fátima encheu linguiça e agora a conta chegou. Já foi alertada por seu staff que não tem como segurar muito tempo, o que se pode fazer é um jogo de números e tentar o estelionato eleitoral que se avizinha se Fátima conseguir sua reeleição.
Junior Melo (advogado e jornalista)