O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a medida do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que limitou o acesso à compra de armas e munições, permitido por recentes decretos presidenciais. A declaração aconteceu durante entrevista nesta terça-feira, 6, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
Na segunda-feira 5, Fachin revisou os decretos do presidente sobre armas, atendendo a uma ação impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Na decisão, o ministro do STF afirmou ver risco de violência política nas eleições deste ano para determinar a suspensão de trechos de decretos. Bolsonaro disse que pretende agir a favor da política de armas.
“A questão das armas, violência política? O que é isso? Inventaram de dar uma canetada por fora. Daqui a pouco não tem mais armas no Brasil. Todas as ditaduras foram precedidas por campanhas desarmamentistas”, afirmou Bolsonaro, sobre a questão das armas.
“Não concordo em nada com senhor Fachin. E peço que quem está assistindo acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro quatro linhas da Constituição”, acrescentou.
Na entrevista desta terça-feira, Bolsonaro ainda confirmou que convidou os oito empresários envolvidos nas investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) para participarem dos atos de 7 de Setembro em Brasília.
Os oito foram acusados por Alexandre de Moraes de conspirarem, num grupo do WhatsApp, por um golpe. O ministro do STF usou como base para a sua decisão apenas uma reportagem publicada no site Metrópoles. Os empresários afirmam que se tratava de uma conversa privada entre conhecidos. Nenhuma das mensagens trocadas passa a ideia de um complô golpista real.