Se você é fã de café preto forte ou chocolate amargo, um estudo intrigante pode fornecer insights polêmicos sobre sua personalidade.
Recentemente, as redes sociais têm fervido com debates acalorados em torno de um estudo realizado em 2016 pela Universidade de Innsbruck, na Áustria. Esta pesquisa analisou as preferências de sabor de 953 americanos, revelando conexões surpreendentes entre o gosto amargo e traços de personalidade associados a comportamentos “psicopatas”.
Os participantes foram questionados sobre suas preferências por sabores doces, azedos, salgados e, é claro, amargos. As escolhas amargas incluíam café preto, chocolate amargo, gin tônica e outros sabores intensos. Posteriormente, eles responderam a quatro pesquisas de personalidade, abordando traços como psicopatia, narcisismo, agressão e sadismo.
Os resultados revelaram uma ligação entre a apreciação de alimentos amargos e o aumento das tendências sádicas. O estudo destacou que o chocolate amargo, gin tônica e café preto foram alguns dos alimentos associados a esses traços de personalidade, com uma relação mais robusta encontrada no sadismo e na psicopatia cotidianos.
Embora o termo “psicopatia” seja conhecido, o “sadismo cotidiano” pode parecer intrigante. Segundo a Psychology Today, refere-se a pessoas que encontram prazer em experiências comuns onde a crueldade é vicariamente apreciada. Isso pode incluir assistir a filmes violentos, encontrar empolgação em lutas físicas e achar o sofrimento alheio interessante.
Estudos sugerem que até 1 em cada 22 pessoas pode apresentar traços de psicopatia, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por respostas emocionais deficientes, falta de empatia e controle comportamental inadequado, frequentemente resultando em desvio antissocial persistente e comportamento criminoso.
O estudo destacou que alimentos como gin tônica, café preto e chocolate amargo foram associados a esses traços de personalidade, sugerindo que sabores intensos podem desencadear uma preferência por experiências sensoriais mais acentuadas.
No entanto, os pesquisadores alertam que a pesquisa está em estágios iniciais e que, embora exista alguma conexão, as evidências ainda são escassas. Gostar de alimentos amargos não deve ser interpretado como uma sentença para exibir características psicopáticas.
Eles também ressaltam a diferença entre preferência e prática, observando que algumas pessoas podem evitar certos alimentos por razões diversas, como restrições dietéticas, enquanto consomem outros socialmente. Além disso, sabores inicialmente aversivos, como pimenta e café, muitas vezes se tornam adquiridos com a exposição e influência social.
Curiosamente, outros estudos indicam que as pessoas que preferem sabores doces podem apresentar comportamentos mais pró-sociais, como ajudar e compartilhar. Portanto, ao explorarmos as nuances do gosto amargo, é crucial não fazer autodiagnósticos ou rotular outros com distúrbios de personalidade.
Se você ou alguém que você conhece enfrenta problemas de saúde mental, é recomendável buscar a orientação de um profissional qualificado.
Com informações de ECB