Neste domingo (18.fev.2024), a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) sugeriu que o Brasil corte as relações diplomáticas com Israel em meio a uma controvérsia envolvendo as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma conversa com jornalistas na Etiópia.
A Fepal citou a comparação feita por Lula entre a operação militar de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto nazista, levantando a possibilidade de cortar os laços diplomáticos. Lula afirmou que o que ocorre na Faixa de Gaza é um “genocídio” e anunciou que o Brasil defenderá na ONU a criação de um Estado palestino.
As declarações provocaram uma resposta imediata do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que criticou Lula, considerando suas palavras “vergonhosas e graves” e acusando-o de banalizar o Holocausto.
Netanyahu anunciou que convocará o embaixador brasileiro para uma “dura conversa de repreensão” na segunda-feira (19.fev). A Fepal, por sua vez, reforçou seu posicionamento em defesa dos interesses das comunidades palestinas no Brasil, incluindo o reconhecimento de um Estado Palestino soberano e independente, com Jerusalém como capital, e o direito de retorno dos refugiados às suas terras.
Fundada em 1979, a Fepal representa cerca de 60.000 imigrantes e refugiados palestinos no Brasil e busca atuar na defesa de seus interesses e na condenação da ocupação ilegal dos territórios palestinos por Israel.
Com informações do Poder 360.