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Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, expressou em um artigo para o jornal O Estado de S. Paulo suas preocupações sobre a eficácia e os efeitos da saída temporária de presos.
O texto destaca um ataque perpetrado por criminosos contra dois policiais militares na cidade de Santos, no litoral paulista. O cabo Silveira faleceu como resultado do ataque, enquanto o sargento Guilherme perdeu a visão de um olho.
Os agressores eram beneficiários do programa de “saidinha”, que autoriza a saída temporária de detentos. Um deles, condenado em 2014, não retornou após a sua saída temporária em 2017. O outro, condenado a 12 anos em 2020, também optou por não voltar após o período de liberdade temporária.
Outro incidente envolvendo um preso em saída temporária que não retornou à prisão aconteceu em Votuporanga, no interior de São Paulo, resultando em um homicídio.
Derrite questiona o propósito da prisão se ela não contribui para a justiça às vítimas nem impõe custos aos criminosos. Ele sugere que a prisão parece servir apenas à ressocialização do criminoso, em uma inversão de papéis onde o bandido é retratado como a verdadeira vítima da sociedade.
O secretário também critica um grupo de trabalho que inclui membros do Ministério Público Federal, os quais ele descreve como populistas, por considerarem discutir o fim das saídas temporárias.
Ele destaca que cerca de 35 mil detentos deixaram os presídios paulistas e 1,5 mil não retornaram. Embora o número represente apenas 5% dos beneficiários, ele ressalta que, ao longo de um ano, isso equivale a 6 mil condenados nas ruas, cometendo novos crimes.
Com informações do Pleno News.