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Robert DuBoise, de 59 anos, foi preso aos 18 anos sob acusação do assassinato de Barbara Grams, de 19 anos, que foi brutalmente espancada até a morte em 19 de agosto de 1983. Seu corpo foi descoberto atrás de um consultório odontológico no lado norte de Tampa.
Após um julgamento de uma semana em 1985, DuBoise foi condenado por assassinato em primeiro grau e tentativa de agressão sexual, com base em evidências que incluíam um informante da prisão testemunhando contra ele e a alegação de que suas marcas dentárias correspondiam a uma suposta mordida na bochecha da vítima. Inicialmente condenado à morte, sua sentença foi posteriormente comutada para prisão perpétua pela Suprema Corte da Flórida.
Em agosto de 2020, após novas evidências de DNA virem à tona, DuBoise foi libertado, e outros dois homens foram acusados pelo crime. No ano seguinte, ele entrou com uma ação judicial federal contra a cidade de Tampa, quatro ex-policias e o odontologista forense que testemunhou contra ele.
Na última quinta-feira, o Conselho da Cidade de Tampa aprovou por unanimidade um acordo, a ser pago em três parcelas ao longo de três anos, para encerrar o caso.
“Estou simplesmente grato”, disse DuBoise em uma entrevista na quinta-feira, expressando esperança de que seu caso pudesse servir de exemplo para outros injustamente condenados. Ele espera que eles “possam obter justiça e seguir em frente sem passar o resto de suas vidas lutando contra um sistema que os prejudicou”.
A ação judicial alega que o odontologista, Dr. Richard Souviron, fabricou evidências da mordida em colaboração com os policiais, pedindo que fizessem uma impressão dos dentes de DuBoise em cera de abelha, apesar de não ser adequada para esse propósito.
Os documentos do acordo indicam que a cidade negou as alegações de má conduta intencional pelo Departamento de Polícia de Tampa ou seus ex-agentes. Um dos ex-policias faleceu, enquanto os outros três não foram contatados para comentar.
A advogada de DuBoise, Gayle Horn, destacou que, apesar dos avanços, os tribunais continuam admitindo evidências questionáveis, como no caso de seu cliente, que passou quase quatro décadas na prisão injustamente. Ela espera que o sistema de justiça criminal possa melhorar e evitar futuras injustiças.
Com informações de O Globo.