Cientistas anunciaram uma descoberta promissora no combate ao Alzheimer, oferecendo uma nova abordagem para tratar a doença neurodegenerativa. A pesquisa revelou que a proteína KIBRA, encontrada nos rins e no cérebro, demonstra a capacidade de reconstruir as sinapses, conexões cruciais entre os neurônios responsáveis pela formação e recuperação da memória.
Ao contrário das abordagens convencionais que se concentram na redução das proteínas tóxicas, como tau e beta-amiloide, acumuladas no cérebro durante a progressão do Alzheimer, a equipe de cientistas do Buck Institute, nos Estados Unidos, concentrou-se na KIBRA. A pesquisa visa reverter danos causados pela doença, focando na restauração da função sináptica para melhorar a memória.
Grant Kauwe, coautor do estudo, explicou a abordagem inovadora: “Em vez de tentar reduzir as proteínas tóxicas no cérebro, estamos tentando reverter os danos causados pela doença de Alzheimer para restaurar a memória”.
A equipe identificou um mecanismo potencial para reparar a função sináptica e está agora buscando desenvolver uma terapia com base nesse achado. A pesquisa demonstrou que níveis mais baixos de KIBRA no cérebro, associados a maiores níveis no líquido cefalorraquidiano, estão correlacionados com a gravidade da demência.
Kristeen Pareja-Navarro, coautora do estudo, enfatizou que a KIBRA pode ser usada como terapia para melhorar a memória, mesmo quando a proteína tóxica responsável pelos danos permanece.
A pesquisa representa uma nova esperança para pacientes e familiares afetados pelo Alzheimer, fornecendo uma perspectiva alternativa no desenvolvimento de tratamentos.
Com informações do Só Notícia Boa.