O ex-jogador de futebol italiano, Giovanni Padovani, foi condenado à prisão perpétua na Itália por ser considerado culpado pelo assassinato de sua ex-namorada, Alessandra Matteuzzi. O crime chocou a nação ao ocorrer menos de um ano após Padovani participar de uma campanha contra a violência de gênero.
Alessandra Matteuzzi, modelo de profissão, foi brutalmente assassinada com golpes de martelo e taco de beisebol na cidade de Bolonha, ao norte da Itália, em agosto de 2022. Na época, o atleta tinha 27 anos e jogava pelo Sancataldese, um clube da quarta divisão do futebol italiano.
A campanha contra a violência de gênero que antecedeu o crime
A ironia do caso é que em novembro de 2021, cerca de nove meses antes do crime, Padovani engajou-se em uma campanha contra a violência de gênero, que inclui o feminicídio – assassinato de mulheres motivado por ódio, desprezo, prazer ou domínio de gênero.
Na época, ele defendia as cores do ASD Troina, também da quarta divisão italiana, e chegou a postar uma imagem da campanha em suas redes sociais com a legenda: “Não à violência contra as mulheres”.
Repercussão do caso e sentença
Conforme noticiou o jornal Gazzetta dello Sport, Padovani foi considerado culpado por homicídio qualificado. A corte julgadora estabeleceu que ele planejou a ação e a cometeu por motivos fúteis.
O crime ocorreu próximo à casa onde o casal residia e, antes de proferir os golpes mortais de martelo e taco de beisebol contra Matteuzzi, Padovani a agrediu violentamente com socos e pontapés. A vítima, que antes havia denunciado o ex-jogador por perseguição, não resistiu aos ferimentos causados pelos golpes em sua cabeça.
Apesar de ter alegado em defesa própria que estava “perturbado” na época e que havia mudado desde então, a justiça condenou Giovanni Padovani à prisão perpétua pelo bárbaro crime de feminicídio.
Com informações de O Globo