Foto: Reprodução/Edilson Rodrigues/Agência Senado.
A Câmara dos Deputados iniciou uma investigação interna e solicitou a intervenção da polícia para apurar uma invasão hacker ao seu perfil oficial na plataforma X.
A conta foi comprometida na manhã deste sábado, 10. O autor do ataque publicou uma mensagem atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, chamando-o de “ditador”.
Conforme divulgado pela assessoria de Comunicação da Câmara dos Deputados, “medidas de segurança foram acionadas junto às autoridades policiais”. Além disso, uma investigação interna será conduzida para esclarecer os detalhes do incidente.
A postagem, já removida, declarava: “O DITADOR Alexandre de Moraes destrói a democracia. Estão planejando um golpe de Estado orquestrado pelo Alexandre e por @LulaOficial. Serei caçado, mas estou lutando contra”.
O autor da invasão hacker também mencionou outros perfis, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro, do vereador Carlos Bolsonaro, do pastor Silas Malafaia e do influenciador Monark.
A invasão ocorreu dois dias após Alexandre de Moraes autorizar a Operação Tempus Veritatis, que teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos membros das Forças Armadas.
De acordo com a investigação, Bolsonaro teria recebido um documento denominado “Decreto de Golpe de Estado”, contendo pedidos de prisão contra Moraes, o ministro Gilmar Mendes e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo a Polícia Federal, o referido documento foi elaborado por Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e pelo advogado Amauri Feres Saad. O relatório da PF que embasou a operação revela que, entre as alterações solicitadas por Bolsonaro no documento, estava a remoção da previsão de prisão de Gilmar Mendes, embora a de Moraes tenha sido mantida, sendo este último ainda “monitorado pelos investigados”.
Com infromações do O Antagonista.
