A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China permanece intensa. A administração Biden emitiu um novo alerta, indicando que os veículos elétricos chineses podem ser considerados um “risco significativo para a segurança nacional” devido à considerável quantidade de dados que eles coletam e que podem ser potencialmente enviados para a China.
Carros elétricos chineses recolhem dados
A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, anunciou que os carros elétricos e autónomos estão “a recolher uma enorme quantidade de informações sobre o condutor, a localização do carro e o ambiente à volta do veículo”, conforme foi relatado. As suas palavras foram mais longe e deixou uma pergunta: “Queremos que todos esses dados vão para Pequim?”
Essa comunicação surge como uma continuidade de outras iniciativas em andamento no momento. A Casa Branca está elaborando uma ordem executiva independente para evitar que adversários estrangeiros obtenham acesso a informações pessoais consideradas “altamente sensíveis”.
Desde 2019, os Estados Unidos têm aplicado tarifas adicionais aos veículos elétricos provenientes da China. As autoridades norte-americanas há muito tempo alertam sobre a ameaça à segurança de dados representada pela China, e a nova medida pode ter repercussões em diversos setores, conforme destacado no relatório.
Guerra comercial EUA/China continua em força
O analista chinês Ruan Jiaqi expressou desaprovação em relação à decisão, alegando que as declarações de Gina Raimondo prejudicaram a reputação dos fabricantes chineses de carros elétricos, conforme relatado pelo Asia Times. Um exemplo disso é a BYD, que alcançou grande êxito na Europa e América Latina, mas optou por evitar os Estados Unidos devido às tarifas de 25% estabelecidas pela administração Trump para carros chineses em 2019.
Em dezembro passado, o Departamento do Tesouro dos EUA divulgou uma nova lista de diretrizes para subsídios federais que excluíam veículos com componentes de bateria fabricados ou montados por uma “entidade estrangeira de interesse” (também conhecida como China). A partir de 2025, os carros cujas baterias contenham determinados “minerais críticos” extraídos ou processados na China também não serão elegíveis para obter crédito fiscal.
Recentemente, Elon Musk, CEO da Tesla, afirmou que os fabricantes chineses de veículos elétricos teriam uma vantagem avassaladora sobre os concorrentes, caso não existissem barreiras comerciais.
Com informações de PPLWare