Foto: Redes sociais
Informação foi repassada pelo advogado Gregório Andrade, que representa a vítima; mulher cobra investigação
O homem flagrado se pendurando em uma janela para filmar a moradora do andar debaixo, no bairro Santa Mônica, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, alegou que estava “matando uma barata” no momento em que foi flagrado pelos vizinhos. A informação foi repassada pelo advogado Gregório Andrade, que representa a vítima. A mulher prestou depoimento para a Polícia Civil nesta quarta-feira (7 de fevereiro).
“É uma situação desagradável pois tive meus direitos violados dentro da minha casa. Quando vi ele no vídeo me filmando fiquei desesperada e comecei a chorar. Liguei para o meu irmão. Fiquei preocupada com a minha filha e com meu trabalho, pois atuo há mais de 15 anos na defesa de crianças e adolescentes”, afirma a vítima.
O receio da vítima aumenta quando ela pensa que suas imagens íntimas tenham sido compartilhadas. “Mesmo que não me exponha para outras pessoas, ele não tem o direito de me filmar dentro da minha casa e sem o meu consentimento. É mais do que importunação sexual, é uma violência psicológica”.
A vítima comentou ainda que está evitando se encontrar com o suspeito após o ocorrido. “Quando me mudei para o atual apartamento observei justamente o fato de não ter outro prédio de frente com a minha janela. É uma situação muito desagradável, principalmente por ele continuar morando no mesmo prédio que eu. Evito, por exemplo, até pegar o elevador”, contou. A suposta filmagem ocorreu no dia 27 de dezembro.
Investigação
O advogado Gregório Andrade informou que requisitou medidas cautelares para que a polícia descubra o que foi filmado e onde estão as gravações. “Solicitamos buscas nos computadores e telefones do homem. Nos próximos dias mais informações devem ser repassadas”.
Andrade criticou a versão alegada pela defesa do suspeito. “Com todo respeito, mas dizer que ele estava matando barata [e não filmando a minha cliente] chega a ser desrespeitoso. O relato que temos é que ele ficou por 15 dias fazendo as filmagens. Chama a atenção pois ele é uma pessoa engajada na igreja, é filho de pastores e trabalha em centro pedagógico. Imagina uma pessoa desta trabalhando com crianças”, diz.
Segundo o defensor, o suspeito já foi identificado, no entanto ainda não prestou depoimento. A vítima, por sua vez, espera celeridade na investigação. “Que ele seja responsabilizado pelos atos e que ninguém passe por essa situação”, complementou a mulher.
O Tempo