Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo
Vídeo pornográfico do padre e relatos de possíveis abusos sexuais motivaram a continuação do procedimento investigativo
A recente denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, envolvendo um vídeo pornográfico, continua em análise pela Cúria Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo, conforme confirmado pela Revista Oeste nesta segunda-feira, 5. A investigação está em curso desde 22 de janeiro, apesar de boatos de arquivamento após a denúncia chegar à arquidiocese. Laudos periciais e relatos de possíveis abusos motivaram uma nova investigação, esclarecendo que o arquivamento mencionado pela imprensa refere-se à denúncia de 2020, não à de 2024.
Entenda o caso envolvendo o padre Júlio Lancellotti: Em 20 de janeiro, a Revista Oeste publicou uma reportagem exclusiva sobre o padre Júlio Lancellotti, indicando que peritos atestaram a veracidade do vídeo em que o pároco se masturba para um menor de idade, datado de 2019. Os peritos Reginaldo e Jacqueline Tirotti divulgaram um laudo completo, com 81 páginas, confirmando a integridade do vídeo.
Na sequência, a Revista Oeste revelou, em 21 de janeiro, que a nova perícia ratifica a análise do perito Onias Tavares de Aguiar realizada em 2020. O texto trouxe à tona o histórico de Reginaldo, já contratado por veículos como a Folha de S.Paulo e a Veja em outras ocasiões. As denúncias impactaram a política, levando a Arquidiocese de São Paulo a receber a denúncia contra Júlio Lancellotti devido à gravidade do caso.
Em 22 de janeiro, a Revista Oeste informou que o vídeo e a perícia foram encaminhados ao Ministério Público, à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e ao Vaticano, aguardando informações sobre o andamento nos três órgãos. Três dias depois, a reportagem trouxe a informação de que o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, estaria trabalhando para blindar Júlio Lancellotti.
Em 30 de janeiro, a Revista Oeste entrevistou com exclusividade o jornalista Cristiano Gomes, vítima de assédio sexual do padre em 1987, quando tinha 11 anos. A reportagem de 3 de fevereiro revelou que o perito Mario Gazziro, contratado pela revista Fórum, mudou sua versão sobre o caso, descartando a validade da perícia anterior, que apontava indícios de deepfake. A nova conclusão sugere a possibilidade de criminosos terem usado um sósia do padre para gravar as cenas, minimizando a exposição do impostor no vídeo.
com informações da Revista Oeste