Se você já hesitou em usar secadores de mãos em banheiros públicos, um estudo publicado na revista Applied and Environmental Microbiology pode justificar essas preocupações. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Connecticut descobriram que secadores de mãos com ar quente podem espalhar bactérias, incluindo colônias provenientes das fezes, de volta para as mãos dos usuários.
A pesquisa, conduzida em 36 banheiros, revelou que os secadores de mãos com ar quente, após serem expostos ao ar do banheiro, podem contaminar as mãos com uma quantidade significativa de bactérias. O risco de contaminação cruzada durante o processo de secagem é particularmente preocupante, pois ambientes secos geralmente reduzem a transmissão de microrganismos.
Os testes realizados expuseram placas de Petri ao ar livre do banheiro e, em seguida, ao ar quente dos secadores, revelando uma média de 18 a 60 colônias de bactérias nas superfícies de cultivo após a exposição ao ar quente. A instalação de filtros de ar de alta eficiência (HEPA) nos secadores reduziu significativamente a quantidade de bactérias, indicando que a maioria das contaminações provinha do ar do próprio banheiro.
Embora a maioria das bactérias detectadas não represente riscos para pessoas saudáveis, o Staphylococcus aureus foi identificado, podendo causar infecções tratáveis com antibióticos. Como medida preventiva, especialistas recomendam o uso de toalhas de papel para secar as mãos, evitando assim a umidade favorável ao crescimento bacteriano.
Essas descobertas reforçam a importância da conscientização sobre a higiene e o cuidado ao utilizar dispositivos de secagem em ambientes públicos.
Com informações do Mega Curioso.