O governo brasileiro anunciou, recentemente, mudanças significativas no sistema de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As alterações permitirão aos trabalhadores maior acesso a seus fundos a partir de 2024. As propostas estão focadas em disponibilizar os recursos de acordo com o mês de nascimento de cada indivíduo.
Mudanças marcantes
Atualmente, os trabalhadores podem sacar uma parcela do FGTS no mês do seu aniversário, estando o acesso total ao fundo limitado a contextos específicos, como em casos de demissão. Contudo, essa situação poderá mudar. O Ministério do Trabalho planeja oferecer aos trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário a chance de retirar o saldo total das suas contas, em oposição à restrição atual à indenização rescisória.
Demissão sem justa causa
Adicionalmente, o governo pretende alterar a legislação para possibilitar o saque integral do FGTS em caso de demissões sem justa causa. Tal mudança equiparará os trabalhadores que optam pelo saque-aniversário àqueles que preferem não aderir à opção.
Próximos passos
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, demonstrou, no final de 2023, a intenção de inserir um projeto de lei com essas alterações até março de 2024. Se aprovado, espera-se que as mudanças sejam efetivas a tempo para o ciclo de saques do FGTS de 2024.
Como funcionará o novo esquema de saque?
De acordo com o novo esquema, cada trabalhador poderá efetuar a retirada de seus fundos no mês de seu aniversário, conforme um calendário específico. As datas de liberação serão distribuídas ao longo do ano, proporcionando aos trabalhadores diversas janelas de oportunidade para retirada.
Flexibilidade e informação são chaves
A proposta tem como objetivo conferir mais flexibilidade aos trabalhadores quanto ao acesso ao seu FGTS. Porém, para que o novo sistema funcione adequadamente, é crucial garantir esclarecimentos e orientações claras para que todos possam compreender suas opções e como o novo sistema funcionará.
Esta é uma oportunidade significativa para os trabalhadores terem um maior controle sobre seus fundos do FGTS, mas ao mesmo tempo exige uma responsabilidade adicional no gerenciamento desses ativos.