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Durante as eleições em El Salvador, programadas para este domingo (4), o presidente Nayib Bukele enfrenta uma série de acusações e críticas, especialmente de opositores e da comunidade internacional, devido à sua busca pela reeleição em um contexto inédito.
A autorização para a reeleição de Bukele foi fundamentada em uma resolução da Sala Constitucional da Suprema Corte de Justiça (CSJ), que revisou interpretações históricas da Constituição e ofereceu uma nova interpretação do artigo 152, que trata das proibições para exercer a presidência. Emitida em 1º de maio de 2021, essa decisão resultou em críticas e sanções internacionais, incluindo medidas dos Estados Unidos, que sancionaram os cinco magistrados envolvidos.
Apesar das controvérsias, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) manteve a inscrição de Bukele, rejeitando mais de 10 pedidos para anular sua candidatura. O subsecretário de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Brian Nichols, recentemente salientou que a questão da reeleição está nas mãos dos salvadorenhos.
Além das preocupações sobre a reeleição, observam-se mudanças significativas no sistema eleitoral, com a aprovação de duas reformas pela Assembleia Legislativa. Essas reformas reduziram o número de deputados de 84 para 60 e alteraram a fórmula de distribuição de assentos, gerando inquietações sobre o pluralismo político, conforme analistas. A falta de um “estudo prévio” para essas aprovações também é objeto de questionamento.
A comunidade internacional destaca anomalias no pleito, desde a contestada reeleição até irregularidades na campanha eleitoral, incluindo acusações de não pagamento de dívidas políticas a partidos opositores e alegações de uso de fundos públicos na campanha oficialista.
Em resposta às críticas, Nayib Bukele nega qualquer intenção autoritária ou antidemocrática. Além disso, ele rejeita a ideia de estar estabelecendo uma “presidência eterna”, argumentando que o sistema de El Salvador não permite tal perpetuação de poder.
Com informações do Conexão Política.