A inauguração da Policlínica do Lago de Tucuruí, no sudeste do Pará, foi marcada por uma confusão envolvendo políticos e assessores da cidade na manhã deste sábado (25).
O evento tinha aproximadamente 3 mil pessoas e teve a presença do governador Helder Barbalho (MDB) e outras autoridades estaduais.
Um vídeo mostra o momento em que o ex-prefeito da cidade, Artur de Jesus Brito (União Brasil), foi atingido com uma garrafa de água, quando começam as agressões generalizadas.
As agressões em socos e empurrões começaram no momento em que anunciavam a subida do governador ao palanque, também quando o ex-prefeito se aproximava do palco.
A Polícia Militar estava no local e agiu para tentar impedir o tumulto. Ainda não há confirmação de quem atirou a garrafa no ex-prefeito Artur Brito, que já foi afastado do cargo em junho de 2018, por suspeitas de atos de improbidade administrativa.
Brito havia assumido a cidade após o assassinato do prefeito Jones William da Silva Galvão (MDB), morto a tiros no dia 25 de julho de 2017. Jones foi abordado por dupla em uma moto enquanto fazia a vistoria de uma operação tapa-buracos na estrada que liga a cidade ao aeroporto. Ele foi atingido no peito e na cabeça pelos disparos.
Artur Brito e familiares dele, incluindo a mãe, foram denunciados pela autoria do crime; além de ex-chefe de gabinete e empresário. Três pessoas supostamente envolvidas na execução tiveram pedido de prisão preventiva. À época das denúncias, Artur de Jesus Brito alegava que ele e seus familiares são inocentes.
O governo estadual disse que não vai se posicionar sobre a confusão na inauguração da policlínica. O g1 também solicitou nota da prefeitura, mas ainda não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.
A assessoria do ex-prefeito Artur Brito se manifestou acerca do episódio neste domingo (26). A defesa informou que Brito registrou um boletim de ocorrência, denunciando os crimes de ameaça, tentativa de agressão corporal, injúria, calúnia, difamação e incitação à violência.
Sobre as suspeitas no caso da morte do prefeito Jones William, a defesa diz que são “boatos sem fundamento” e que “desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará ao rejeitarem, à unanimidade, recurso do Ministério Público e da assistência de acusação que tentava vincular o ex-prefeito de Tucuruí, Athur Brito e seus familiares, ao assassinato do então prefeito, os magistrados rechaçaram qualquer hipótese de prisão dos acusados, confirmando o que o juízo de 1º grau já referendara: trata-se de acusações de ‘ouvi dizer'”.
Créditos: G1.