Nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o governo busca “humanizar a abordagem aos delitos de menor gravidade” e intensificar a repressão contra o que ele denominou de “indústria internacional do crime organizado”. Ao ressaltar a necessidade de “atender aos usuários [de drogas]”, Lula destacou que as camadas mais vulneráveis estão se tornando “cada vez mais evidentes”, transformando-se em “zumbis” e sendo consideradas a “ralé dos dependentes”, enquanto os “grã-finos” lidam com grandes somas de dinheiro de maneira mais “sofisticada”.
Lula quer “humanizar combate ao pequeno crime” pic.twitter.com/kARLwBrON2
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) February 1, 2024
As declarações de Lula foram feitas durante um evento no Palácio do Planalto, que apresentou um balanço das ações do Ministério da Justiça e Segurança Pública no primeiro ano de governo. O ministro Flávio Dino está deixando o cargo para assumir como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente também salientou que o crime organizado se transformou em uma indústria “maior do que a General Motors, Volkswagen e Petrobras” e está infiltrado em diversas esferas da sociedade, incluindo o judiciário, a política e o meio empresarial.
— O crime organizado hoje não é uma coisa fácil de combater, porque o crime organizado virou uma grande indústria multinacional. Maior do que a General Motors, Volkswagen , maior que a Petrobras, é uma coisa muito poderosa. E o crime organizado está na imprensa, está na política, no judiciário, no futebol, nos empresários, estão em tudo quanto é lugar do planeta Terra.