Os dados mais recentes do Banco Central (BC) revelam que as movimentações do Pix atingiram a marca de R$ 17,2 trilhões em 2023, estabelecendo um novo recorde. Esse volume financeiro representa um aumento significativo de 57,8% em comparação com 2022, quando o total foi de R$ 10,9 trilhões. Além disso, a plataforma mais do que dobrou em relação a 2021.
Atualmente, o Pix é amplamente utilizado por pessoas físicas e no setor varejista, desempenhando um papel importante na substituição de outros meios de pagamento, como DOC e TED.
Enquanto isso, o volume de cédulas e moedas em circulação totalizou cerca de R$ 341 bilhões no último dia de dezembro de 2023, indicando uma redução de 7,78% desde o lançamento do Pix em 2020, quando o meio circulante nacional atingiu aproximadamente R$ 370 bilhões.
De acordo com o Banco Central, o Pix tem o potencial de estimular a “eletronização” do mercado de pagamentos de varejo e promover a inclusão financeira.
Em relação ao número de CPFs cadastrados na plataforma, houve um aumento de 16 milhões, alcançando 194 milhões no final de 2023. Isso representa pouco mais de 95% da população brasileira, que totalizou 203 milhões, conforme o Censo de 2022.
O BC está avançando na implementação do Pix Automático, uma modalidade que permite pagamentos recorrentes no modelo de débito em conta. Essa opção será obrigatoriamente oferecida pelos participantes. O Pix Automático tem potencial para reduzir a inadimplência, otimizar o processo de cobrança e ampliar a base de clientes, de acordo com Angelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC.
Do ponto de vista dos pagadores, Duarte acredita que o Pix Automático facilitará a efetivação de pagamentos, incentivando as empresas a oferecerem essa alternativa de forma mais acessível à população, devido aos custos menores associados.