O governo dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira (29 de janeiro de 2024) a retomada das sanções no setor de energia da Venezuela. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro informou que as empresas norte-americanas que realizam transações com a mineradora estatal venezuelana, Minerven, terão até 13 de fevereiro para encerrar as operações no país sul-americano.
A medida foi tomada em resposta à decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), que manteve a proibição de María Corina Machado, principal opositora de Nicolás Maduro, de concorrer à presidência. Machado havia vencido as eleições primárias da oposição em outubro de 2023 para enfrentar Maduro nas eleições presidenciais previstas para o segundo semestre deste ano. No entanto, antes das primárias, ela já havia sido impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos pela Controladoria Geral da Venezuela, em junho de 2023. Na sexta-feira (26 de janeiro), o Tribunal Supremo venezuelano validou o impedimento político. Essa decisão de sexta-feira levou os EUA a reverem a suspensão de sanções acordada em outubro de 2023. Na época, os EUA concordaram em aliviar as punições comerciais ao setor de petróleo da Venezuela em troca de eleições presidenciais livres e monitoradas internacionalmente, conforme estabelecido na Licença Geral 43.
Quanto ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo brasileiro optou por aguardar para se pronunciar sobre o veto a María Corina Machado. O governo avalia ser necessário ter prudência nas declarações devido às negociações em curso para a realização do próximo pleito. Lula também espera que Maduro reverta o caso, embora o presidente venezuelano tenha grande influência sobre o Judiciário local.
Com informações Poder 360