Nesta quarta-feira (31), uma extensa operação coordenada pelo Ministério da Justiça foi iniciada em presídios de todo o Brasil com o propósito de confiscar celulares.
A iniciativa, liderada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) em colaboração com as secretarias penitenciárias estaduais, abrange todos os estados e o Distrito Federal, visando interromper a comunicação dos detentos com o mundo exterior.
O enfoque dos agentes penitenciários está em impedir a troca de informações entre membros de facções criminosas e detentos, assim como com indivíduos em liberdade, a fim de evitar possíveis ataques ou ações coordenadas.
O procedimento inicia-se com a interrupção da comunicação por meio de tecnologia que interfere no sinal, seguido pela busca e apreensão de aparelhos por meio de revistas em pavilhões e celas.
Nas duas etapas anteriores da operação denominada “Mute”, 8.199 agentes penitenciários participaram, resultando na revista de 8.569 celas.
Os membros da operação destacam que o objetivo central não se limita apenas à apreensão de celulares, mas também a “instruir sobre a remoção de celulares de presídios, tornando isso uma prática rotineira nos estados”.
Um balanço das apreensões desta terceira fase será divulgado ao término da semana.
Fases anteriores
Essa é a terceira fase da Operação Mute e se estenderá até a próxima sexta-feira (2).
A primeira fase ocorreu de 16 a 27 de outubro, resultando na apreensão de 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados.
Dez estados demostraram possuir rotina de controle efetiva com revistas frequentes e tiveram registro de zero celulares no interior das unidades prisionais.
A segunda fase foi em 11 de dezembro e culminou na apreensão de 1.056 celulares em presídios.
Com informações de CNN Brasil