A segurança nas estradas voltou ao centro do debate no Congresso Nacional e pode atingir diretamente o bolso de mais de 80 milhões de motoristas em todo o país. Um projeto em tramitação no Senado Federal propõe a volta do extintor de incêndio como item obrigatório em veículos de passeio, revertendo a decisão tomada em 2015 e exigindo novamente o equipamento do tipo ABC como medida de prevenção contra incêndios.
O extintor de incêndio vai voltar a ser exigido por lei?
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 159/2017 argumenta que o item funciona como uma linha de defesa essencial em princípios de incêndio nas vias. A justificativa central defende que o baixo custo do equipamento compensa o aumento da proteção à vida dos ocupantes.
A proposta já recebeu aval de comissões importantes e aguarda a votação final para alterar o Código de Trânsito Brasileiro. Se aprovada, todos os automóveis deverão circular com extintores capazes de combater chamas em materiais sólidos e líquidos inflamáveis.
Por que os carros novos não precisam mais do item?
Entidades do setor automotivo afirmam que a engenharia moderna evoluiu o suficiente para tornar os veículos atuais muito mais seguros contra fogo espontâneo. O uso de sistemas automáticos de corte de combustível e materiais menos inflamáveis reduziu drasticamente os sinistros.
Outro argumento forte é o padrão internacional, visto que países desenvolvidos como Estados Unidos e nações europeias não exigem o acessório. Lá fora, o extintor é tratado como uma escolha pessoal de segurança e não uma imposição estatal.
Tentar apagar fogo no motor é seguro para o motorista?
A real eficácia do acessório gera debates, pois ele serve apenas para controlar focos iniciais e exige perícia técnica imediata. Especialistas em segurança viária alertam que tentar combater chamas sem treinamento pode ser mais perigoso do que se afastar e esperar o socorro.
Para entender os pontos cruciais que dividem opiniões no Congresso e na indústria, veja os principais argumentos da disputa.
- Defensores: Alegam que o custo é irrelevante frente à possibilidade de salvar vidas.
- Críticos: Apontam que a tecnologia atual reduz riscos e que o manuseio amador é perigoso.
- Legislação: A aprovação retomaria a fiscalização rigorosa sobre a validade do item.
O motorista será multado se a regra mudar?
Caso a obrigatoriedade seja restabelecida, o impacto financeiro será imediato, somando a compra do item à necessidade de renovação periódica. A ausência do equipamento voltaria a configurar infração de trânsito, gerando multa e pontos na carteira do condutor.
Enquanto o martelo não é batido, a recomendação é manter em dia os itens que já são obrigatórios, como estepe e triângulo. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar problemas em abordagens policiais.
Como acompanhar a decisão final do Senado?
Ficar atento ao desenrolar dessa tramitação é vital para não ser surpreendido por novas despesas veiculares nos próximos meses. A definição sobre o retorno do extintor afetará diretamente o orçamento e a rotina de milhões de brasileiros.
- Consulte o status do PLC 159/2017 diretamente no portal oficial do Senado.
- Verifique a validade dos equipamentos de segurança atuais do seu carro.
- Prepare-se para uma possível adequação caso a lei seja sancionada em breve.